segunda-feira, 28 de março de 2011

CGL no Museu de Arte Contemporânea .. MAC.Niterói

.. MAC de Niterói ..
.. Museu de Arte Contemporânea de Niterói ..

Histórico

Em poucas palavras o arquiteto Oscar Niemeyer (1907) resume o seu projeto para o Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC-Niterói: “O terreno era estreito, cercado pelo mar e a solução aconteceu naturalmente, tendo como ponto de partida o apoio central inevitável. Dele, a arquitetura ocorreu espontânea como uma flor. A vista para o mar era belíssima e cabia aproveitá-la. E suspendi o edifício e sob ele o panorama se estendeu mais rico ainda. Defini então o perfil do museu. Uma linha que nasce do chão e sem interrupção cresce e se desdobra, sensual, até a cobertura. A forma do prédio, que sempre imaginei circular, se fixou e, no seu interior me detive apaixonado. À volta do museu criei uma galeria aberta para o mar, repetindo-a no segundo pavimento, como um mezanino debruçado sobre o grande salão de exposições.”.

O edifício - cuja construção é iniciada em 1991, na primeira gestão do prefeito Jorge Roberto da Silveira, quando Ítalo Campofiorito é secretário da Cultura - é a primeira obra que o museu oferece à contemplação. Localizado no alto do Mirante da Boa Viagem, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, a estrutura de linhas circulares do edifício apresenta-se como uma escultura de 16 metros de altura em praça aberta, em que o espelho-d’água colocado em sua base e a iluminação empregada conferem grande leveza. A rampa sinuosa externa conduz ao interior, com dois pavimentos. No segundo pavimento, estão a sala de exposições e a varanda panorâmica, envidraçada, também reservada para mostras. O mezanino, por sua vez, que circunda todo o interior do museu, é dividido em salas menores, destinadas a exposições. No subsolo, encontram-se uma área para armazenagem de obras, um bar, um restaurante e um auditório para conferências.

Trabalho de maturidade, o projeto do MAC-Niterói revela a ousadia de um artista experiente, responsável por uma produção que apresenta uma leitura bastante pessoal dos preceitos da arquitetura racionalista de matriz corbusiana. Os princípios centrais do método de trabalho e da filosofia urbanística de Charles-Edouard Jeanneret, Le Corbusier (1887 - 1965) - o uso racional dos materiais, métodos econômicos de construção, linguagem formal sem ornamentos e diálogo sistemático com a tecnologia industrial -, como sabido, terão forte influência na arquitetura moderna brasileira, sobretudo por causa das sucessivas vindas do arquiteto suíço ao Brasil.

O edifício do Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio Gustavo Capanema) é a prova mais evidente da tentativa de um grupo de arquitetos brasileiros liderado por Lucio Costa (1902 - 1998), e do qual Niemeyer faz parte, de incorporar os preceitos racionais da arquitetura corbusiana. A grande liberdade plástica dos projetos de Niemeyer - que seguem os passos do programa de Le Corbusier, mas contrariando freqüentemente a geometria racionalista pelo emprego de colunas em “V” e “W”, de arcos e abóbadas, de linhas curvas, desenhos ondulantes e formas sinuosas -, é visível em projetos de juventude como, por exemplo, no plano que ele realiza com Lucio Costa para o Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Nova York, em 1939. No Grande Hotel de Ouro Preto, 1940, por sua vez, Niemeyer explora o diálogo de sua arquitetura com o entorno (com a paisagem natural e com as construções coloniais da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais), diálogo que será intensificado no conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte e no MAC-Niterói.

A idéia de criação do museu, segundo Roberto da Silveira, surge da intenção de João Leão Sattamini Neto de doar sua coleção de arte para a cidade. E o museu nasce precisamente para abrigá-la. Iniciada em 1966, quando Sattamini reside na Itália, a coleção de quase 1.200 obras define-se como um dos mais significativos conjuntos de arte brasileira produzida entre os anos 1950 e 1990. Da coleção fazem parte um número considerável de esculturas - de Frans Krajcberg (1921) a Ivens Machado (1942) -, uma grande soma de obras de artistas do concretismo e do neoconcretismo - Ivan Serpa (1923 - 1973), Aluísio Carvão (1920 - 2001), Lygia Clark (1920 1988) e de outros mais diretamente ligados à abstração informal -, trabalhos de artistas que passam ao largo de grupos - Mira Schendel (1919 - 1988) e Ione Saldanha (1919 - 2001) -, obras da geração ligada à Opinião 65 - Antonio Dias (1944) e Carlos Vergara (1941) -, além de conjuntos significativos de Raymundo Colares (1944 - 1986), Dionísio Del Santo (1925 - 1999) e Jorge Guinle (1947 - 1987). Artistas da geração 80 - Daniel Senise (1955) e Manfredo de Souzanetto (1947) -, do grupo da Casa 7, e nomes que sobressaem na década de 1990 - Ernesto Neto (1964) e Paulo Pasta (1959) -, compõem o conjunto. É com uma parte dessas obras que o MAC-Niterói abre suas portas em 1996, com a coletiva Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini. A partir de sua inauguração, o museu realiza periodicamente mostras dedicadas à coleção Sattamini, como Coleção Sattamini: dos Materiais às Diferenças Internas (2000), Pinturas na Coleção Sattamini (2000), Modernos e Contemporâneos (2001), Esculturas e Objetos (2002). A criação desse museu coloca Niterói na rota turística do Estado de Rio de Janeiro, e dá início ao projeto - já em andamento - “Caminho Niemeyer”, que engloba diferentes construções.

Um dos destaques do MAC-Niterói é a sua divisão de arte-educação, que tem o objetivo de desenvolver estratégias de interação comunicativa com a arte contemporânea. O propósito educativo do museu se evidencia no espaço destinado aos visitantes em cada uma das exposições. Uma série de jogos que visam ampliar as relações entre arte, cultura e educação, é proposta a um público diversificado. Além disso, visitas guiadas, atividades para as famílias nos fins de semana e programas especiais para professores e alunos se inserem no mesmo espírito formador que orienta as estratégias “comunicativas” do museu. No interior do projeto MAC/Comunidade (com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES), destaca-se o projeto Arte Ação Ambiental, implementado em 1999 com jovens do Morro do Palácio, em Niterói. Oficinas de papel artesanal, jogos neoconcretos, textos, graffiti, jornalismo comunitário entre outras, oferecem educação artística, ambiental e profissionalizante a jovens de baixa renda.

Fonte de pesquisa:

Depois de um pouco de história, nada mais justo que as fotos do pessoal do Colégio Gonçalves Lêdo, na visita.
Para os que não curtiram este passeio, se liguem, outros virão, e com certeza aparecerão por aqui.
Olha o pessoal curtindo!!!!








Gostaram? As fotos são estas aí, e o melhor comentário deste passeio vale um Ovo de Páscoa de 500g!!!

Regras do concurso:
Para concorrer ao ovo de chocolate, serão somente os comentários dos alunos que foram ao passeio.
Será avaliado e escolhido, o melhor comentário.
A equipe do Blog CGL, fará a avaliação e escolherá o comentário.
É muito importante que no comentário do aluno, tenha nome completo e turma.
Mais alguma informação adicional, sairá no próximo post, bem como, o dia da entrega do ovo de páscoa.

Um grande abraço e comentem!!!!!

Deus abençoe a todos!!!

Equipe Blog GLC

OBS:

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É muito simples, basta clicar em cima da palavra "comentários" no final de cada postagem, então abrirá uma caixa onde você escreverá um texto comentando, e logo abaixo um espaço para colocar o seu e-mail (gmail) e senha.
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Estando tudo correto, 
acione o botão publicar e aparecerá no blog o seu comentário.
Beleza pessoal, dedos no teclado e texto na cabeça, vale chocolate!!!!

Boa sorte!!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Joaquim Gonçalves Ledo.

Ou somente... Gonçalves Lêdo.
Joaquim Gonçalves Lêdo .. Político e Jornalista
Nasceu em 11.08.1781 na Cidade do Rio de Janeiro (RJ)
e faleceu em 19.05.1847, na Fazendo Sumidouro,
Município de Macacu (RJ). Gonçalves Ledo foi um dos
responsáveis pela convocação da Assembléia Constituinte de 1822

Com apenas 14 anos Joaquim Gonçalves Ledo partiu para estudar em Coimbra, Portugal. Retornou ao Brasil em 1808, devido à morte de seu pai.
Liberal e dotado de forte patriotismo, Ledo havia sido iniciado na maçonaria.
Embora a independência fosse o desejo da maioria dos brasileiros, havia muitas divergências entre eles. O “partido brasileiro”, apoiado pela aristocracia rural do sudeste, queria a criação de uma monarquia dual, para preservar a autonomia administrativa e a liberdade de comércio. Os liberais radicais, comandados por Gonçalves Ledo, contavam com as camadas populares urbanas e buscavam não apenas a independência, mas também a democratização da sociedade brasileira. 

Em 9 de dezembro de 1821, as Cortes de Lisboa ordenavam o imediato retorno de dom Pedro a Portugal. A decisão do príncipe de permanecer no Brasil, no Dia do Fico (9 de janeiro de 1822), foi produto de um amplo movimento, no qual se destacou José Bonifácio, nomeado ministro do Reino e dos Estrangeiros por dom Pedro.

Para resistir às ameaças de recolonização, foi decretada, em 16 de fevereiro de 1822, a convocação de um Conselho de Procuradores Gerais das Províncias do Brasil. Nele, Gonçalves Ledo propôs a convocação de uma Assembléia Constituinte eleita pelo povo. 

Em maio de 1822, dom Pedro determinou que qualquer decreto das Cortes de Lisboa só poderia ser executado no Brasil mediante o “Cumpra-se” assinado por ele. Enquanto isso, Gonçalves Ledo e outros pedem ao príncipe regente a convocação de uma Assembléia Constituinte. O príncipe acatou a sugestão e decretou a sua convocação em junho de 1822. 

José Bonifácio foi obrigado a aceitá-la, mas propôs a eleição indireta, que acabou prevalecendo contra a vontade dos liberais radicais, que defendiam a eleição direta dos constituintes. Em 7 de setembro de 1822, dom Pedro rompeu definitivamente com Portugal e em 1 ° de dezembro do mesmo ano tornou-se o primeiro imperador do Brasil. 

Em 1835, Ledo consta entre os Deputados da Assembléia Provincial do Rio de Janeiro, mas neste mesmo ano abandona a política e a Maçonaria, indo recolher-se em sua fazenda, a Sumidouro, no município de Macacu, vindo a falecer, com 66 anos de idade, aos 19 de maio de 1847, de ataque cardíaco.

Os liberais radicais queriam a independência e a democratização da sociedade, mas seus chefes, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira, permaneceram atrelados à aristocracia rural, sem revelar vocação revolucionária. 
Joaquim Gonçalves Ledo foi um dos maiores fatores da Independência, se não o maior. A peça de arquitetura que a seguir transcrevemos do Boletim do GOB (julho/agosto, de 1963), é dirigida ao hesitante Príncipe D. Pedro e entre seus arrojados conceitos lá está a antecipação da Doutrina de Monroe.

Discurso Proferido por Joaquim Gonçalves Ledo na Loja Maçônica “Comércio e Artes” no Rio de Janeiro (RJ), em 20/agosto/1822:

SENHOR!
A natureza, a razão e a humanidade, este feixe indissolúvel e sagrado, que nenhuma força humana pode quebrar, gravaram no coração do homem uma propensão irresistível para, por todos os meios e com todas as forças em todas as épocas e em todos os lugares, buscarem ou melhorarem o seu bem estar. Este principio tão santo como a sua origem, e de centuplicada força quando aplicado as nações, era de sobra para o Brasil,esta porção preciosa do globo habitado, não acedesse a inerte expectação de sua futura sorte, tal qual fosse decretada longe de seus lugares e no meio de uma potência (Portugal) que deveria reconhecer inimiga de sua glória, zelosa de sua grandeza, e que bastante deixava ver pelo seu manifesto às nações que queria firmar a sua ressurreição política sobre a morte do nascente Império Luso-Brasileiro, pois baseava as razões de sua decadência sobre a elevação gloriosa deste filho da América – o Brasil. Se a esta tão óbvia e justa consideração quisesse juntar a sua dolorosa experiência de trezentos e oito anos, em que o Brasil só existira para Portugal para pagar tributos, que motivos não encontraria na cadeia tenebrosa de seus males para chamar a atenção e vigilância de todos os seus filhos a usar da soberania que lhe compete, e dos mesmo direitos de que usara Portugal e por si mesmo tratar de sua existência e representação 
política, da sua prosperidade e da sua constituição? 
Sim, o Brasil podia dizer a Portugal:
“Desde que o sol abriu o seu túmulo e dele me fez saltar para apresentar-se ao ditoso Cabral a minha fertilidade, a minha riqueza, a minha prosperidade, tudo te sacrifiquei, tudo te dei, e tu que me deste?

Escravidão e só escravidão. Cavavam o seio das montanhas, penetravam o centro do meu solo para te mandarem o ouro, com que pagavas as nações estrangeiras a tua conservação e as obras com que decoras a tua majestosa capital; e tu quando a sôfrega ambição devorou os tesouros, que sob mão se achavam nos meus terrenos, quisestes impor-me o mais odioso dos tributos, a “capitação”. Mudavam o curso dos meus caudolosso rios para arrancarem de seus leitos os diamantes que brilham na coroa do monarca; despiam as minhas florestas para enriquecerem a tua grandeza, que todavia deixava cair das enfraquecidas mãos ... E tu que deste?  Opressão e vilipêndio!

Mandavas queimar os fila tórios e teares, onde minha nascente indústria beneficiava o algodão para vestir os meus filhos; negavas-me a luz das ciências para que não pudesse conhecer os meus direitos nem figurar entre os povos cultos; acanhavas a minha indústria para me conservares na mais triste dependência da tua; desejavas até diminuir as fontes da minha natural grandeza e não querias que eu conhecesse o Universo senão o pequeno terreno que tu ocupas. Eu acolhi no meu seio os teus filhos a que doirava a existência e tu me mandavas em paga tiranos indomáveis que me laceravam. Agora é tempo de reempossar-me de minha Liberdade; basta de oferecer-me em sacrifício as tuas interessadas vistas. Assaz te conheci, demasiando te servi... – os povos não são propriedade de ninguém.
Talvez o Congresso de Lisboa no devaneio de sua fúria ( e será uma nova inconseqüência) dê o nome rebelião ao passo heróico das províncias do Brasil a reassunção de sua soberania desprezada; mas se o fizer, deverá primeiro declarar rebelde a Razão, que prescreve aos homens não se deixarem esmagar pelos outros homens, deverá declarar rebelde a Natureza, que ensinou aos filhos a separarem-se dos seus pais, quando tocam a época 
de sua virilidade; é mister declarar rebelde a Justiça, que não autoriza usurpação, nem perfídias; é mister declarar rebelde o próprio Portugal, que encetou a macha de sua monarquia, separando-se de Castela; é mister declarar-se rebelde a si mesmo (esse Congresso), porque se a força irresistível das coisas prometia a futura desunião dos dois Reinos os seus procedimentos aceleraram esta época, sem dúvida fatal para outra parte da nação que se queira engrandecer.

O Brasil, elevado à categoria de Reino, reconhecido por todas as potencias e com todas as formalidades que fazem o direito público na Europa, tem inquestionavelmente jus a reempossar-se da porção de soberania que lhe compete, porque o estabelecimento da ordem constitucional é negócio privativo de cada povo. A independência, Senhor, no sentido dos mais abalizados políticos, é inata nas colônias, como a separação das famílias o é na Humanidade. A natureza não formou satélites maiores que os seus planetas. A América deve pertencer à América, e Europa à Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre 
elas o espaço imenso que as separa. O momento para estabelecer-se um perdurável sistema, e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este...
O Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, sem forças para defendê-lo e ainda para conquistá-lo.
As nações do Universo têm os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti, Príncipe !

Cumpre aparecer entre elas como rebeldes ou como homens livres e dignos de o ser.  Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres? Resolve, Senhor! 

Colégio Gonçalves Lêdo

Este Gonçalves Lêdo aqui, é o nosso colégio!!!!
E a nossa proposta pedagógica é norteada pela correlação entre os conteúdos curriculares e as situações reais da vida dos alunos, estimulando-os a interpretá-las e questioná-las, formando, assim, cidadãos crí-ticos, éticos e responsáveis, além de trazermos para o nosso dia-dia a pedagogia afetiva, onde acreditamos que a relação de afetividade desenvolve grandes ações emotivas no indivíduo, as quais auxiliam nas escolhas a serem tomadas ao longo da vida. 
Os professores, como mediadores do processo, estimulam os alunos a terem consciência do que fazem, a saberem fazer escolhas, a rejeitarem a violência, a preservarem o meio ambiente e a perceberem que o esforço de cada um e de todos juntos faz a diferença para a construção de um mundo melhor, mais justo e solidário.
Acreditamos também que uma relação efetiva entre família e escola é essencial para uma educação baseada no exemplo, no diálogo e na construção de valores. 

Salve salve pessoal!!!
Agora estamos aqui no virtual, aguardem, participem comentando, dando ideias, e se alegrando com as novidades do Blog CGL. E acreditem, vem bastante coisa boa mesmo!!!!!

Um grande abraço!!!

Deus abençoe a todos! !!!

Equipe Blog CGL